
- Apesar do grau elevado de dificuldade da prova, a paisagem foi, para nós, uma energia a mais, recompensando-nos de cada esforço despendido neste desafio, iniciado na preparação física e terminado no pódio – disse Leticia.
Cida Ladaga também estava lá. Ela contou que o mais difícil foi lidar com a altitude,que ultrapassa, em certos momentos, 2.500 metros. A corredora disse que isso dificultava sua respiração e que ela levou mais de sete horas para completar 42km. Em nenhum momento, Cida pensou em desistir, mas teve que intercalar corrida com caminhada a partir do vigésimo oitavo quilômetro.
- A paisagem é linda, céu muito azul, dunas, estradas, cavernas, canions e muita areia...Curti demais todos os locais da prova - relembrou ela, que, mesmo diante das dificuldades, disse que voltaria lá para correr.
Ultramaratonista, Márcio Villar já foi três vezes à
Arrowhead 135 (Foto: Arquivo Pessoal)
A Arrowhead 135 tem duas “pequenas” dificuldades a mais que a prova no Atacama. Primeiro, o tamanho do percurso. A prova é uma ultramaratona de 217km. E, em segundo lugar, a temperatura extremamente baixa. O corredor Márcio Villar, que já esteve lá três vezes, disse que o normal é enfrentar sensação térmica de menos 40°C.Arrowhead 135 (Foto: Arquivo Pessoal)

A terceira prova, El Cruce de los Andes, tem como proposta fazer com que os atletas atravessem do Chile para a Argentina pela Cordilheira dos Andes. De acordo com o site da organização, como há diversos pontos de ligação entre os dois países nessa região, cada ano a prova muda de lugar. Em 2012, a largada será em Puerto Fuy, no Chile, até a Costa do Lago Lacar, na Argentina. A competição deve ser disputada em dupla, mas nada de revezamento.

Manuel Lago, corredor e técnico de corrida, vai com a namorada, Luiza Taquechel, também corredora e professora. Ele fez um treinamento focado para a prova e tem experiência em provas de montanha, como essa.
- A prova exige que você tenha um volume de treino semanal de 120 a 140km, aproximadamente. O treino tem que privilegiar trilhas, subidas e descidas e você deve se acostumar a correr com seu parceiro, mentalizar diversas situações que possam acontecer na prova e, principalmente, nunca perder o foco! Nunca desistir! Lembrar sempre que o mais importante é estar ali, ganhando ou não! Só de completar a prova, já pode ser considerado um vencedor – contou Manuel.
Por Luisa Prochnik e Paula Gabrielle Rio de Janeiro.
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